#FdCR – Palestras e rodas de conversa marcam encerramento da 1ª edição

18 de novembro de 2019 - 15:46

Foram abordados temas como os impactos futuros da tecnologia, games, robótica e geração de renda através da implementação do marketing digital

Levando as novidades do universo da Ciência, Inovação e Negócios para o interior, o segundo dia da Feira do Conhecimento Regional, realizada na cidade de Quixeramobim, focou a sua programação em painéis e palestras com os mais capacitados especialistas da área da tecnologia. O evento foi uma promoção do Governo do Ceará, através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Além dos estandes da mostra Ceará Faz Ciência e do ônibus do projeto Ciência Itinerante, que marcaram o primeiro dia de realização, debates e rodas de conversa desta quinta-feira (14) levaram ao público temas como os impactos futuros da tecnologia, games, robótica e geração de renda através da implementação do marketing digital.

Abrindo a tarde de programação, o InconforMAKER Marcos Hirano, especialista em coordenar cursos de especialização e extensão em TI, apresentou o tema “O Futuro não existe! Mas então por que se fala tanto nele?”. Ao lado de Hirano, contribuíram para a roda conversa Thiago Fernandes, presidente executivo da Federação das Empresas Juniores do Estado do Ceará, e Roberta Dutra, coordenadora do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo do Campus da UFC em Quixadá.

Para Thiago, o futuro é agora. Porém, há caminhos bem definidos para se adaptar às mudanças constantes e inevitáveis nos diversos cenários. “A nossa capacidade física é limitada frente a qualquer máquina. Isso é fato. O que nos diferencia é a nossa capacidade cognitiva. Se posso dar um conselho, a pessoa nasce aprendendo e morre aprendendo. Isso pode ser a chave para nos mantermos de pé diante dessas transformações”.

De acordo com Roberta, um dos maiores impasses da tecnologia se encontra no poder de abrangência. Para a coordenadora, uma das prioridades deve ser a promoção de alcance à tecnologia em todas as esferas, se adequando às necessidades de um público plural e diversificado. “ Me convidaram para falar do futuro da educação. O futuro não está distante, só está mal distribuído. Por que que a tecnologia não tá chegando em todo mundo? Perdemos a capacidade de olhar o problema do próximo. (…) Na verdade, temos que romper os muros, já que a pesquisa sempre vai melhorar a vida de alguém”, ressaltou.

Finalizando o momento, Hirano defendeu a ideia compartilhada pelos companheiros de debate. “Devemos ser inquietos, curiosos, fazer o melhor, sempre buscando as melhores formas de mudar e se adaptar às realidades”.

Mercado de Games

Após o primeiro momento, o tema “Os desafios do mercado de games” foi levado ao evento por André Xavier. O diretor da União Cearense de Gamers carrega em sua trajetória a participação na Assembleia de Regulamentação de Games, na tentativa de desvincular o mercado do estereótipo que o liga aos jogos de azar. Atuando como professor de inglês, Xavier utiliza jogos eletrônicos e analógicos como ferramenta de ensino.
Conforme dados levados ao evento pelo palestrante, o mercado de games é real: 58% concentrado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Segundo o professor, o mercado pode crescer também no Nordeste. Para ele, eventos como a feira regional contribuem na busca por esse objetivo. “A Feira ajudou a potencializar as iniciativas de games. Nos últimos quatro anos, vivemos um grande crescimento no nosso Estado”, frisou.

O somatório de design, programação, arte, som, produção e comunicação faz com que não sejam necessários conhecimentos específicos para adentrar na área. André Xavier citou os pontos para exemplificar as possibilidades que o mercado abre para profissionais diversos. “Você nunca pode parar de buscar conhecimento. Nessa área, não necessariamente o conhecimento deve ser específico, mas plural. É um mercado aberto para todos. Tem sociólogo, psicólogo trabalhando com isso. Como é algo plural, é sugerido que seja buscado o conhecimento pelo idioma inglês, já que você deve manter contato de forma constante”, enfatizou.

Dinheiro na internet

Para os interessados em levar seus projetos e iniciativas às esferas financeiras, Anthony Conde conduziu a mesa redonda “Como ganhar dinheiro com marketing digital?”. Especialista em Marketing Digital, Anthony buscou expandir os horizontes da plateia, apresentando novas oportunidades proporcionadas no mercado online.

O especialista chamou a atenção para o fato de as pessoas observarem a internet em um único sentido e estarem perdendo a chance de tirar proveito do potencial de empreendedorismo ofertado pelo mercado online. “Aqui, vamos desmistificar a ideia de que se ganha dinheiro fácil com a internet”.

Ele continuou. “Fazer dinheiro com a internet é duro, requer muita prática, requer esforço, requer muito estudo. Porém, para quem se dedica, dá certo. Não vamos falar só sobre Marketing Digital, porque é algo muito pequeno, mas sobre internet, pelas inúmeras oportunidades que ela oferece. A internet não se resume apenas ao entretenimento, mas existem diversos vetores que geram renda”.

Encerrando o segundo e último dia da Feira do Conhecimento, Paulo Victor participou da roda de conversa. Filho de Quixeramobim, Paulo é um exemplo de sucesso no mercado online. Trabalhando com Marketing Digital há três anos, ele deu dicas aos presentes de como iniciar no ramo a aproveitar as oportunidades de empreender na internet.

“A dica que eu dou é que procurem ter a clareza daquilo que você quer. Botem a mão na massa. Estudem, pesquisem no mercado. Se aperfeiçoem num método. Tenha foco naquele negócio específico. Mesmo com as dificuldades, juntando esses fatores, no final, vai dar tudo certo”, concluiu.

A Feira do Conhecimento Regional – Sertão Central foi uma promoção do Governo do Ceará, através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O evento contou com o apoio da Fatec/Centec, UFC, IFCE, Uece, Unicatólica, Faculdade Cisne e Sebrae.

Texto: Felipe Clisma

Fotos: Antônio José