Cobertura FdC3: Visitantes conhecem novidades desenvolvidas por grupos de pesquisas de universidades do Ceará
18 de outubro de 2019 - 15:22
Universidades apresentam projetos que revelam o avanço do conhecimento científico em prol de facilitar a vida de pessoas com deficiência motora, mental, visual e/ou auditiva.
Recursos e métodos tecnológicos para auxiliar e viabilizar a independência de pessoas com algum tipo de deficiência está presente na Feira do Conhecimento 2019, com a Mostra de Tecnologias Assistivas. A Universidade Estadual do Ceará (UECE), em parceria com a Dell, apresenta o grupo LEAD que trouxe para FdC3 dois projetos com o intuito de ampliar possibilidades para deficientes visuais. O primeiro é uma plataforma de educação a distância, que possibilita mudanças na tela, como descrição de cenas e alteração de luminosidades. O segundo, é um fórum para desenvolvimento de novas palavras na área de tecnologia que ainda não foram transcritas para o braile.
Quanto a Universidade Federal do Ceará (UFC), referente ao campus de Quixadá, com o projeto INOVE, expõe protótipos que têm como objetivo identificar obstáculos a longas distâncias para deficientes visuais. Já em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a UFC expõe uma bicicleta ergonômica com eletroestimulação para reforço dos músculos das pernas de mioplégicos, a fim de combater a atrofia muscular e auxiliar na fisioterapia. Para o professor Maciel Barros essa Mostra é um dos pontos principais da Feira do Conhecimento 2019, pois trata de pesquisas que visam melhorar a vida de quem tanto precisa. “Eu gosto da visibilidade que este estande tem na Feira, o que é desenvolvido aqui é muito interessante, eu consigo sentir a alegria de quem será beneficiado por essas pesquisas. Que eles possam avançar cada vez mais nos estudos”, afirma.
Pensando no lado lúdico dos deficientes visuais, o projeto GREAT, da UFC, apresenta na FdC3 um aplicativo de áudio descrição em voz sintetizada, que tem como objetivo baratear a criação de um segundo canal de áudio para pequenas ou grandes produções cinematográficas. O aplicativo promete popularizar e tornar mais acessível a descrição de cenas para pessoas com baixa ou nenhuma visão. Outra pesquisa do GREAT, é o GBraille que é um jogo de asteroides que induz o deficiente visual a digitar em braile para que ele possa desenvolver habilidades em dispositivos touch screen.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), apresenta o “EdukBraille”, que consiste em um aplicativo para iniciar e facilitar o aprendizado do braile para crianças. O estudante, e um dos responsáveis pelo projeto, Thiago Leal, acredita na importância do aplicativo tanto para as crianças quanto para os professores. “Os professores utilizam materiais rústicos e arcaicos, como caixas de ovos, esse aplicativo é prático e o professor aprende também, são estímulos táteis e auditivos que contribuem para a facilidade no entendimento”, explica.
A empresa Alemã Zeiss está presente na Feira do Conhecimento com microscópios e equipamentos de oftalmologia. Para Alexandre Solon, responsável pela área médica da Zeiss, o intuito da exposição é divulgar os equipamentos de alta complexidade para diagnósticos e pesquisas, destacando a importância do contato dos alunos com esses materiais. “Estamos pela segunda vez participando da Feira e, desta vez, trazemos para os alunos a possibilidade de desfrutar dos microscópios e verificar as particularidades de elementos. Para quem não tem contato com esses materiais na escola e ama biologia, é um momento fantástico. A curiosidade dos alunos é imensa”, aponta.