Exposição e debate abordam valorização da caatinga na literatura de Rachel de Queiroz
17 de abril de 2017 - 16:35
Atividades fazem parte de projeto de extensão da Universidade Estadual do Ceará que ajuda a preservar e valorizar o bioma
Aromas, texturas e as particularidades do sertão cearense estiveram presentes na exposição sensorial “Áreas da Caatinga”, realizada nesta terça-feira (17/4) na Bienal Internacional do Livro do Ceará, no espaço da Secitece “Luz do Conhecimento” (Centro de Eventos, Mezanino 2).
Os visitantes puderam entender a importância deste bioma em uma atividade que é parte do projeto de extensão “Conhecer para conservar e restaurar áreas da caatinga”, promovido por professores e estudantes dos cursos de graduação em Ciências Biológicas, Letras e Pedagogia da Universidade Estadual do Ceará.
O projeto relaciona a ciência e a literatura por meio do debate sobre a caatinga e as obras da escritora Rachel de Queiroz. “Toda a pesquisa acontece, inclusive, nas dependências da fazenda ‘Não me Deixes’, de propriedade da escritora e localizada em Quixadá/CE, onde existe esse bioma”, explicou a professora Jamili Fialho, do curso de Ciências Biológicas da Uece.
Na fazenda são realizadas pesquisas de monitoramento ambiental em conjunto com análises das obras de Rachel, para depois haver o repasse dos resultados em cursos de extensão voltados para estudantes do ensino médio da região e ministrados pelos alunos de graduação da Uece. “Eles aprendem de que modo as plantas se adaptam à seca, conhecem a fauna do solo e são envolvidos nas vivências em torno da caatinga. Os monitores se preocupam em passar os ensinamentos da forma menos tecnicista possível”, destaca a professora.
Roda de conversa sobre literatura e caatinga
Livros de Rachel de Queiroz como “O Quinze”, “Não me Deixes” e Tantos Anos” e suas relações com a valorização do sertão e do sertanejo foram debatidos no início da noite desta segunda, durante a roda de conversa intitulada “Obras de Rachel de Queiroz: conhecer e restaurar as áreas da caatinga”.
Participaram da atividade as professoras da Uece Maria Valdênia da Silva e Jaquelânia Aristides, do curso de Letras, e Jamili Fialho, do curso de Ciências Biológicas, além do analista do Ibama Carlos Barbosa. O debate foi mediado pela professora da rede estadual de ensino Eliane Carvalho. No ponto central da discussão, a ligação entre a literatura de Rachel de Queiroz e a importância da preservação do bioma caatinga.
As atividades fizeram parte da programação da Secitece durante a XII Bienal Internacional do Livro que segue até 23/4 com uma programação que contempla todos os públicos. O acesso ao evento é totalmente gratuito. Confira as atrações da Secitece clicando aqui.