Fósseis de mais de 120 milhões de anos são encontrados na Bacia do Araripe
16 de abril de 2017 - 20:08
Palestra do professor Álamo Saraiva destaca a evolução dos seres vivos do período do Cretáceo até hoje
“A Bacia do Araripe – Um Milagre Paleontológico”, foi o tema da palestra que o biólogo Álamo Saraiva, da Universidade Regional do Cariri (Urca), fez, na tarde deste domingo (16.04), no Espaço Luz do Conhecimento, montado pela Secitece, na XII Bienal Internacional do Livro, que acontece no Centro de Eventos do Ceará.
O professor Álamo é Mestre em Criptógamos e Doutor em Oceanografia, hoje trabalhando como Transgressões Marinhas ocorridas no Cretáceo, há cerca de 120 milhões de ano. Ele apresentou também na Bienal, durante três dias, a exposição de 50 espécime de fósseis, além do Maaradactylus Kellmeri, uma réplica do fóssil do Pterossauro.
Durante a sua fala, o professor Álamo mostrou como aconteceram os processos de fossilização e como alguns seres vivos evoluíram do período Cretáceo até os dias de hoje, principalmente plantas e insetos. E disse que a região do Cariri é considerada a Galápago brasileira. “Todo ser humano quer saber de onde veio e para onde vai. Estudo Paleontologia porque me preocupo com o futuro. Conhecendo o passado e o presente estamos preparados para enfrentar o futuro”.
Álamo destacou as escavações paleontológicas que ocorreram na Bacia do Araripe e as ações do tráfego de fósseis. Explicou que há cerca de 20 anos, centenas de carregamento de fosseis saiam da região do Cariri para a Europa e Estados Unidos. Hoje com as ações do Geopark Araripe, que faz um trabalho de conscientização nas áreas fossilíferas em convênios com a ABIN e a Polícia Federal, vem diminuindo muito as ações dos traficantes. O museu de Paleontologia de Santana do Cariri, que conta com mais de três mil peças, vem também promovendo o turismo científico e de aventura, trazendo novas opções de trabalho e renda para famílias que antes viviam da exploração ilegal dos fósseis.