Tratamento com gel de gengibre amargo para pés diabéticos é finalista do Prêmio SUS
21 de setembro de 2015 - 13:10
O tratamento terapêutico alternativo feito em parceria com o Inpa, na Unidade Básica de Saúde (UBS), de Manaus, obteve êxito de 95% de cura das lesões de 27 pacientes.
Sem esperanças de ser curado de uma úlcera de pé diabético e diante de um diagnóstico conclusivo de amputação do dedo, o diretor de uma empresa de táxi aéreo, Mauro Paulino, 37, encontrou no tratamento terapêutico com gel de gengibre amargo a cura para o problema. O reconhecimento do trabalho desenvolvido por uma Unidade Básica de Saúde (UBS) José Palhano, de Manaus, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI) veio com a seleção como finalista do 14º Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o Sistema Único de Saúde (SUS) 2015.
“Para mim, o gel foi uma luz no fim do túnel”, diz Paulino, que é diabético e desenvolveu a lesão após a difícil cicatrização do ferimento com caco de vidro. “Fiz seis meses de tratamento convencional e um dos vários médicos que consultei disse que eu teria de amputar porque a infecção afetou o osso. Mas isso não foi necessário, porque com menos de dois meses em tratamento com o gel na UBS fiquei curado”, comemora o paciente, que continuou com o acompanhamento feito com a endocrinologista.
Durante 90 dias, em 2014, o tratamento terapêutico alternativo com o gel do óleo essencial do gengibre amargo foi desenvolvido com 27 diabéticos com úlceras nos pés e com êxito de 95% de cura das lesões, na Unidade Básica de Saúde José Amazonas Palhano, situada no bairro São José 1, zona leste da cidade. O trabalho fez parte da dissertação para obtenção do título de mestre em biologia urbana na Universidade Nilton Lins do enfermeiro Mauricio Ladeia, sob a orientação do pesquisador do Inpa Carlos Cleomir Pinheiro.