Presidente da Finep apresenta novos rumos da entidade
8 de julho de 2015 - 13:19
As mudanças na Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) não ficaram apenas na troca de presidentes – entrada de Luis Fernandes no lugar de Glauco Arbix. Desde que retornou ao antigo posto em março deste ano, Fernandes buscava criar um novo direcionamento para a entidade. E, na semana passada, ele apresentou um conjunto de ações alicerçados no crescimento e solidificação do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), na promoção da inovação no País e em projetos estratégicos nacionais.
Segundo Fernandes, o novo foca da Finep permitirá trazer de volta a estratégia nacional de tecnologia e inovação. “Também precisamos trabalhar em um processo de descentralização, já que hoje os esforços em pesquisa e desenvolvimento estão concentrados em poucas regiões, como o Sudeste”, ressaltou.
No que se refere à promoção da inovação, o dirigente afirmou que é mandatório criar políticas públicas mais eficientes em toda a cadeia, agregando fontes de fomento do poder público. Neste âmbito, ele lembrou da relevância em consolidar e aumentar as concessões de crédito da Finep.
“O PSI [Programa de Sustentação do Investimento] é uma fonte anticíclica, que não dura para sempre. Precisamos viabilizar outras fontes de captação”, frisou, destacando o papel da subvenção econômica, implantada em 2004 a partir da elaboração da Lei da Inovação. “Esse é um dos recursos mais nobres que podemos oferecer, compartilhando o risco entre o poder público e as empresas”, completou Fernandes.
FNDCT
Outro ponto destacado como fundamental pelo presidente da Finep é a retomada de força do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Principal fonte de receitas públicas para inovação no País, o instrumento se enfraqueceu com a perda do CT-Petro.”Quando deixei a Finep em 2011, investíamos R$ 517 milhões através do FNDCT. Hoje, investimos menos da metade. Precisamos restaurar a capacidade de investimento do fundo”, cobrou.
Na visão de Ferndandes, a principal solução para recomposição do FNDCT seria a inclusão do instrumento no Fundo Social do Pré-Sal.
Mudança interna
Além de mudanças de rumo, a Finep também alterou o time de diretores da casa. Para a diretoria de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Fernandes escolheu Fernando Ribeiro, que anteriormente era responsável pela diretoria de Inovação. Esta ficará sob a competência de Elias Ramos de Souza. O posto mais novo da Finep, a diretoria de Projetos Estratégicos Nacionais, será conduzida por Rex Nazaré. As finanças e o controle da entidade continuam a ser geridos por Cláudio Guimarães. Outra figura conhecida na Finep, Rodrigo Fonseca, permanece na entidade, na parte de Planejamento.
Fonte: Agência Gestão CT&I