Estudantes argentinas desenvolvem teses de doutorado na UVA

25 de junho de 2013 - 13:47

Intercâmbio entre a UVA e a Universidade Tecnológica Nacional/ Faculdade Tecnológica Regional de Córdoba, Argentina.

Em cumprimento ao convênio que garante intercâmbio entre a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e a Universidade Tecnológica Nacional/ Faculdade Tecnológica Regional de Córdoba (UTN/FRC), duas estudantes argentinas desenvolvem suas teses de doutorado no curso de Engenharia Civil, no Centro de Ciências Exatas e Tecnológica (CCET), campus CIDAO, mais precisamente no Laboratório de Materiais de Construção, em Sobral.

A arquiteta Iris Belén Sánchez Soloaga que pesquisa “Envolventes de concreto leve sustentável: desenho e propriedade para economia energética” e a engenheira Bárbara Belen Raggiotti que defenderá tese “Desenho e otimização de misturas cimentícias com critérios de sustentabilidade”, desde 20 de maio estão no Laboratório de Materiais de Construção, onde permanecerão até o dia 20 de julho próximo. As doutorandas têm como co-orientador o professor Francisco Carvalho, do curso de Engenharia Civil da UVA.

Como esclarece o professor Francisco Carvalho, o intercâmbio permite a mobilidade acadêmica entre as duas instituições e, consequentemente, efetiva a troca de conhecimento e fortalecimento das relações entre os estudantes dos dois países. A arquiteta Iris Belén, que faz experimentos com resíduos de pneus brasileiros e resíduos de embalagens plásticas argentinas, destaca o entrosamento do ambiente acadêmico brasileiro, mas enfatiza que sua permanência aqui seria mais proveitosa com um prazo maior para a pesquisa. “Acho que a questão do tempo neste convênio é o que pode ser melhorado. Afinal, são cinco anos de doutorado e nossa pesquisa aqui são apenas 40 dias”, ressalta.

Já para a engenheira Bárbara Belén Raggiotti, que realiza experimento com adição do pó de carnaúba ao concreto, o empenho dos estagiários em tempo integral é um fato muito positivo, além do que a receptividade da UVA e da cidade de Sobral demonstra o quanto são bons anfitriões. “A única coisa que estranhamos é o horário de funcionamento oficial e comercial, pois na Argentina o expediente para tudo é das 9 às 18 horas”. Lembra, ainda que, por conta da participação do Brasil no Mercosul, as escolas incluem no currículo a obrigatoriedade do ensino de espanhol e neste ponto, segundo a engenheira, foram beneficiadas no tocante à comunicação.

Intercâmbio

Na visão das duas instituições envolvidas neste consócio técnico-científico, a mobilidade acadêmica permite aos alunos a vivência de novas realidades. “O profissional que se forma tendo esta experiência passa a ter uma visão mais abrangente de sua atuação, ao tempo em que conhece novas culturas, o que seria impossível caso desenvolvesse seu projeto apenas em sua instituição de origem”, argumenta o professor Francisco Carvalho.

Ele informa, ainda, que em outubro irá à Argentina para participar das atividades de pós-graduação relativas ao Doutorado Engenharia de Materiais, ocasião em que ministrará uma aula sobre “A Ciência e a Engenharia de materiais para a construção civil”. Na oportunidade, será instituído oficialmente o convênio entre UVA e UTN/FRC.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação da UVA