O Confap e o Sistema Nacional de CT&I

3 de dezembro de 2010 - 12:12

Ontem, o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) esteve reunido em Fortaleza para o último encontro de 2010. Foi um momento para recapitular as conquistas desse Conselho ainda novo, mas que vem contribuindo significativamente para o desenvolvimento do Brasil.

As Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) são os órgãos do Governo Estadual responsáveis pelo fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Os últimos anos foram marcados pelo fortalecimento dessas agências e o Confap tem um papel importante nesse contexto. Ele é responsável por representar os interesses das FAPs e promover a articulação entre elas. Isso potencializa a capacidade de investimento e contribui para o desenvolvimento do País em áreas consideradas estratégicas.

Entre os exemplos estão as redes nacionais de pesquisa. Já foram lançados, em parceria com o CNPq e o Ministério da Saúde, editais para duas redes (malária e dengue), com a adesão de sete e 15 Fundações, respectivamente.

O Confap também conquistou espaço nos fóruns de decisão sobre a política nacional de CT&I. Um exemplo é sua participação como membro do Comitê Executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia. O Conselho esteve presente, ainda, em eventos importantes da área, como a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, do qual foi um dos coordenadores. Isso demonstra o reconhecimento o papel estratégico deste Conselho.

Entre as bandeiras defendidas pelo Confap está a consolidação do Sistema Nacional de C,T&I, fortalecendo as relações entre as FAPs e entre estas e as agências federais de fomento. Segundo, estabelecer uma proposta que considere este trinômio C,T&I como uma política de estado. Dessa forma, e como terceiro aspecto, assegurar mais recursos e um arcabouço legal e de controle moderno e adequado às atividades, essenciais para o desenvolvimento sustentado e a competitividade do País no cenário mundial.

Ao realizar investimentos em CT&I, as FAPs contribuem para diminuir a dependência tecnológica, fortalecer a economia e melhorar a qualidade de vida da população. Os investimentos maciços e perenes em educação e CT&I são capazes de gerar riqueza e oportunidades para as nações. É importante que a sociedade, os dirigentes e os políticos valorizem cada vez mais o trabalho que as FAPs têm a cumprir neste contexto.

 

Mario Neto Borges
Presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

 

 

Fonte:
Jornal O POVO
Editoria: Opinião
Data: 03/12/10