Opinião – Intangível

27 de agosto de 2010 - 16:35

A década de 60 foi marcada por grandes mudanças e dentre essas, o ingresso definitivo na sociedade da informação onde as organizações passam a ser valorizada pelos seus ativos intangíveis, representado por bens que não têm materialidade – existência física, a exemplo daqueles usualmente mensurados nos balanços patrimoniais, contudo, oriundos de atividades baseadas no conhecimento que agrega valor a segmentos de produtos e serviços.

Também denominado capital intelectual, corresponde à diferença entre o valor de mercado da empresa e o custo de reposição de seus ativos.

No vácuo dos novos tempos, a tendência é o esgotamento do paradigma da produtividade, substituído pelo novo conceito de serviços, aplicado as mais diversas modalidades que aponta da direção da excelência dos negócios. A disseminação desses valores afeta sobremaneira o ambiente dos negócios, resignificando as premissas até então vigentes, na medida em que atribui ao conhecimento à condição de principal ingrediente do processo produtivo, que associado ao relacionamento dos colaboradores, se revela vigorosa estratégia pela busca da diferenciação competitiva.

Nesse cenário, a questão consiste em como posicionar, os produtos e serviços, face aos novos paradigmas? A expectativa é a mudança de foco – sair de resultados imediatos para objetivos permanentes tendo como essência a melhoria e excelência duradouras. O alcance da prosperidade que se impõe ao regime de mercado sinaliza no sentido da requalificação da cadeia de valor das organizações empresariais incorporando competências essenciais a sua eficiência operacional, que deve resultar da combinação do livre fluxo das informações, dos ativos do conhecimento e do valor para o cliente, sob o abrigo de processos gerenciais que não somente sejam receptivos, mas protagonizem a inserção, em bases sustentáveis, na nova onda.

O caminho é não se render ao “status quo” sob pretexto para não ousar sobre o novo.

Cláudio Montenegro – diretor do Instituto Centec

 

 

Fonte:
Diário do Nordeste
Editoria: Opinião
Data: 27/08/10