Exposição sobre Geopark Araripe interage com o público na ExpoCrato

15 de julho de 2010 - 11:34

Mais de 10 mil pessoas já passaram pelos corredores do estande da Universidade Regional do Cariri (URCA), que este ano priorizou o Projeto Geopark Araripe com os seus 10 Geossítios, localizados em seis municípios da Região. A cultura, meio ambiente, fauna, flora e a roteirização turística dessas áreas estão sendo expostos de forma didática e lúdica para os visitantes de todo o país que chegam à ExpoCrato. Em média, estão percorrendo diariamente o espaço, cerca de 3 mil pessoas.

O espaço é de interatividade com todos os públicos, incluindo crianças, com o lúdico, onde podem realizar pinturas, com desenhos relacionados aos temas regionais, e portadores de deficiência, com rampas de acesso e textos em braille. As primeiras experimentações de roteiros turísticos nas cidades que compõem o Geopark estão sendo expostas por meio de parceria do Projeto com agências de turismo, que incorporam a filosofia do Geopark, proporcionando uma forma diferenciada de fazer turismo regional.

Segundo a geóloga Flávia Fernandes de Lima, o objetivo da exposição é divulgar o Geopark para a população do Cariri da melhor forma possível e de uma maneira didática e até mesmo educativa. E para isso, há também inclusão dos portadores de deficiência. No corredor, os painéis painel expõem os aspectos relacionados à formação de cada geossítio e o patrimônio dessas áreas, com maquetes descritivas. A idéia, segundo a geóloga, é mostrar os contextos diversificados de onde se insere cada um dos geossítios. As linhas de conservação, educação e geoturismo estão sendo exploradas.

As características regionais estão presentes por toda parte. Na entrada do estande, um painel explicativo destaca o grande valor histórico do primeiro Geopark das Américas, que fala um pouco da origem da vida no planeta e dos traços históricos e culturais do povo caririense.  O olhar escapa por uma fresta. Parece algo meio estranho para quem vê de fora. Mas é só dar uma espiadinha, e entrar mais na história de cada geossítio, permitindo uma compreensão maior e o valor das formações de cada área em destaque. À frente, a fauna, a flora, a riqueza aquífera. Um paredão de plantas, exemplares da Chapada do Araripe, vivas e verdes, envolvendo mais ainda o público na interativa natureza do Cariri.

A Lira Nordestina, com as xilogravuras e os cordéis, vários produtos tipicamente regionais, como as sandálias e bolsas criativas do artesão de Nova Olinda, Expedito Celeiro, estão presentes. O artesanato do mestre Noza, incluindo as esculturas de animais, imagens do padre Cícero, o roteiro da fé no Cariri, centrado na figura mítica do religioso, estão inseridos em meio ao contexto do Geopark.

A geógrafa Luciana Lacerda destaca a importância do desenvolvimento dos roteiros turísticos. Ela afirma que pela primeira vez, uma parceria entre o projeto e três agências, irá trabalhar o turismo receptivo. Para isso, estão inseridos inicialmente o roteiro da fé, de Juazeiro do Norte; roteiro das águas, no município de Barbalha; cultural, em Nova Olinda; geoturístico, envolvendo os municípios de Santana e Nova Olinda, e o roteiro onde nasce o dia, pela floresta do Araripe. O projeto irá inserir outras áreas. Começa a funcionar de forma experimental. A meta é possibilitar a realização do roteiro integrado do Geopark Araripe, que se encontra em fase de elaboração.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação da URCA