Novas ações prometem aquecer o mercado de TI do Ceará

24 de maio de 2010 - 11:54

Censo qualitativo com empresas cearenses de tecnologia da informação e comunicação vai consolidar propostas de políticas públicas para o desenvolvimento do setor no Estado

O Ceará abocanha só 2% do mercado nacional de tecnologia da informação(TI) e comunicação; e o Nordeste, não muito além disso, 7%. Masiniciativas de entidades da área junto ao Governo do Estado pretendemmudar esse quadro. São novas linhas de crédito facilitado, centro de TIde referência nacional com sede em Fortaleza e lei para a construção deum polo de TI na cidade. Para completar, um censo qualitativo comempresas cearenses de software vai definir que outras políticas serãonecessárias ao desenvolvimento do setor no Estado.

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Informática,Telecomunicações e Automação Comercial (Seitac), Maurício Brito, omercado brasileiro de software como um todo tem muito espaço paracrescer dentro dos US$ 870 bilhões que movimenta por ano o comérciomundial de TI. A participação brasileira é quase nula: 0,2%. “Existecompetência. Falta eliminar os entraves“, afirma.

O presidente da Seitac diz ainda que no caso do Ceará,especialmente, falta mão de obra qualificada (só ano passado formou-seo primeiro doutor em TI na Universidade Federal do Ceará), um polo detecnologia e ações junto às universidades e institutos de tecnologia,além de políticas de incentivo fiscal para atrair empresas âncoras, queproduzem tecnologia de ponta, para o intercâmbio de conhecimento. Sãoessas as necessidades que o censo pretende provar. A consulta seráfeita pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Tecnologia daInformação e Comunicação do Ceará (CSTIC), órgão da Agência deDesenvolvimento do Ceará (Adece).

Mas antes do censo, já existem projetos encaminhados. Um exemplo éa implantação do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer emFortaleza, o CTI Nordeste. Unidade do Ministério da Ciência eTecnologia (MCT) inaugurado em 1982, o CTI tem sede em Campinas e éreferência nacional em pesquisa e desenvolvimento em tecnologia dainformação.

O CTI Nordeste vai desenvolver projetos em três áreas principais:microeletrônica, sofwares e aplicações em TI. Mas o destaque é aconstrução de um barco robótico para auxiliar a pesca de lagosta noEstado. As informações são do diretor superintendente do Instituto deTecnologia da Informação e Comunicação (ITIC), Carlos Arthur Sobreira.


Fonte:
Jornal O POVO
Editoria: Negócios
Data: 24/05/10