Estudo destaca o setor de rochas ornamentais

4 de março de 2010 - 16:25

O NUTEC contribui tecnologicamente para esses novos tipos de materiais

Segundo dados divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Ceará – CIN/FIEC, em janeiro de 2010, o setor de rochas ornamentais teve crescimento de 343,7% em relação às exportações do mesmo período no ano passado. Atualmente, o Ceará ocupa o 4° lugar nacional na produção de blocos brutos com um total anual de 430.000 toneladas de granitos.

Estudo realizado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, em parceria com a Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará – NUTEC, destaca o interesse das empresas do setor de rochas ornamentais e revestimento por granitos do tipo “exóticos”. Diferente dos “clássicos” que seguem padrões de cores, por exemplo, como os cinzas, verdes, vermelhos e brancos, as pedras “exóticas” possuem características diferenciadas, o que valoriza sua posição no mercado.

O NUTEC contribuiu tecnicamente para a determinação das características e nomeação dos materiais através de avaliação visual e irá trabalhar na determinação das características tecnológicas e análises específicas para esses novos tipos de materiais.

Caminho das pedras
Atualmente o Ceará oferece condições favoráveis e características passíveis de aproveitamento no setor de rochas ornamentais e revestimento, devido ao condicionamento geológico do Estado, que tem cerca de 75% do seu território ocupado pelo embasamento cristalino, com a existência de materiais de composição graníticas.

A Pesquisa
Alguns tipos de rochas começaram a ser pesquisados e explorados principalmente por empresas do Estado do Espírito Santo, destacando-se áreas nos municípios de Sobral (Amarula e Nouggat), Massapê (Nacarado), Cariré (Elegant Brown) e São Gonçalo do Amarante (Palomino, Espinela e Roma Imperiale) que correspondem rochas diversas dentre conglomerados, brechas, quartzitos, arenitos e rochas vulcânicas traquitoides.

Os materiais exóticos no Ceará se caracterizam por ocorrerem em maciços, por vezes formando altos topográficos, ou seja, elevações como serrotes e morros. A metodologia de extração é a céu aberto com uso contínuo de fio diamantado, que é a melhor forma de corte preciso e esquadrejamento dos blocos de rochas, já que esses materiais apresentam características naturais.

A atividade movimenta recursos significativos, entre U$$ 1.000 a 1.500/m3 para os materiais de primeira categoria, o que torna a relação custo/benefício economicamente viável.