Funceme e Dnocs vão elaborar Zoneamento da Desertificação no Ceará

14 de janeiro de 2010 - 10:20

Estudo contempla nove municípios em áreas susceptíveis ao fenômeno localizados nas regiões Norte e Inhamuns

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) assinou convênio com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) com objetivo de elaborar o Zoneamento Ecológico-Econômico de Áreas Susceptíveis a Desertificação (ASDs). O documento foi publicado no Diário Oficial da União do último dia 12 e o estudo contemplará nove municípios do Ceará – Irauçuba, Itapagé, Sobral, Canindé, Santa Quitéria e Miraíma, na Região Norte, além de Tauá, Independência e Arneiroz, nos Inhamuns. As áreas foram escolhidas considerando o Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação (PAE-CE).

O Zoneamento visa gerar um instrumento legal de ordenamento territorial que resulte na melhoria da qualidade de vida da população dessas regiões, aliada à manutenção da capacidade produtiva dos recursos naturais em bases sustentáveis. Segundo Margareth Carvalho, gerente do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Funceme, “por atuar muito fortemente na área ambiental, através de estudos e pesquisas básicas aplicadas, a Fundação dá suporte à formulação de políticas públicas e ao planejamento de ações do setor produtivo, na convivência com as vulnerabilidades climáticas do Semiárido brasileiro, subsidiando a implementação de ações de combate à desertificação, através de convênios e acordos de cooperação técnica com diversos órgãos em nível municipal, estadual, nacional e internacional”.

Orçados em R$ 667 mil, os estudos são focados nas características e no conhecimento das vocações naturais de um território e na capacitação de suporte dos meios físicos, biológicos e antrópico. O Zoneamento Ecológico-Econômico é fundamental para subsidiar o ordenamento da ocupação de um espaço geográfico e do redirecionamento das atividades, apresentando argumentos técnicos para estratégias e ações em planos regionais de desenvolvimento sustentável. “Devemos iniciar os trabalhos de campo já em fevereiro e o estudo ficará concluído no fim de 2010”, informa Margareth.