Seminário discute o desenvolvimento da Economia da Cultura no Ceará

27 de novembro de 2009 - 13:57

O evento, promovido pela Secitece e Secult, aconteceu dias 26 e 27/11, no Sebrae.

Com o objetivo de fomentar e construir uma política pública para a economia criativa do Ceará, aconteceu de 26 e 27 de novembro, o “Seminário Cultura, Inovação e Desenvolvimento: Perspectivas de Arranjos e Sistemas Produtivos, Inovativos e Locais”, no auditório do Sebrae.

O evento foi promovido pelo Governo do Estado, por meio das Secretarias da Cultura e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado do Ceará, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e a Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos Locais (RedeSist). O Seminário possuiu 180 vagas que eram limitadas e teve entrada franca.

A abertura contou com a presença do coordenador de Inclusão Digital da Secitece, Raimir Holanda, representando o secretário da Secitece  René Barreira, Auto Filho (secretário da Cultura do Ceará), Roberto Smith (presidente do Banco do Nordeste) e José Luiz Herência (secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura), o encontro visou traçar em caráter de urgência ações conjuntas entre poder público, iniciativa privada, terceiro setor e universidades para impulsionar o crescimento de desenvolvimento das indústria criativa cearense.

Na ocasião, foram apresentados cases de Arranjo e Sistemas Produtivos e Inovadores Locais (ASPILs) como o carnaval de Salvador, o Forró de Fortaleza, a festa de Sant”Anna do Caicó e o Boi de Paritins, a Feira da Música, a Quadrilha Junina Beija Flor, além de números e pesquisas recentes como a do Ministério da Cultura, que mostra o setor cultural ocupando 3,7 milhões de pessoas, ou seja: 4,5% do total de trabalhadores.

Economia criativa – Ainda sem definição precisa, o termo economia criativa envolve a criação, produção e distribuição de produtos culturais que usam o conhecimento e a criatividade como principal recurso, abrangendo desde o artesanato, artes cênicas e visuais à indústria de softwares.

A importância da economia criativa é comprovada por dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que estima a movimentação financeira mundial de produtos culturais em US$ 1,3 trilhão, ou 7% do PIB mundial. Isso significa que o papel das chamadas indústrias criativas é primordial para o desenvolvimento socioeconômico do Ceará.

A Economia da Cultura é hoje o setor de maior dinamismo na economia mundial, tem registrado crescimento de 6,3% ao ano, enquanto o conjunto da economia cresce a 5,7%. A expectativa é que nas próximas décadas as indústrias criativas cresçam cerca de 10% ao ano – quatro vezes mais que o restante da indústria, nos seus vários ramos. Esse potencial de crescimento é bastante elástico, pois o setor depende pouco de recursos esgotáveis, já que seu insumo básico é a criação artística ou intelectual e a inovação.