Previsão da Funceme melhora com nova técnica

20 de outubro de 2009 - 11:09

De acordo com o presidente da Funceme, Eduardo Martins, os modelos numéricos são um conjunto de equações matemáticas que tentam representar os processos que ocorrem na natureza.

Apartir de setembro, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) passou a utilizar novos modelos numéricos de previsão do tempo em suas simulações. Até setembro, a Funceme realizava três simulações diárias, número que duplicou com a inclusão de novos modelos numéricos ao sistema. Isso propicia um aumento de precisão nas simulações de tempo.

De acordo com o presidente da Funceme, Eduardo Martins, os modelos numéricos são um conjunto de equações matemáticas que tentam representar os processos que ocorrem na natureza. O uso combinado de modelos diferentes fornece uma melhor previsão. Para obter essa atualização foram investidos, em Infraestrutura, cerca de R$ 800.000,00. O sistema beneficiará vários setores que utilizam a informação meteorológica, como a Defesa Civil e departamentos de agricultura, recursos hídricos e energias alternativas.

Mas, apesar do avanço, ainda se faz necessária uma boa equipe de metorologistas, hidrólogos e de técnicos em tecnologia de informação para o desenvolvimento dos produtos para os diversos setores. A carência de pessoal qualificado é, para Eduardo, a maior deficiência na área. As ausências, segundo o Presidente, estão sendo supridas com pesquisadores temporários, o que prejudica e muito a continuidade do processo de desenvolvimento.

ESTUDOS MOSTRAM 10% DO TERRITÓRIO DO ESTADO SUJEITOS À DESERTIFICAÇÃO

Entre outras atividades, a Funceme também é responsável pela análise da degradação ambiental no Estado, a partir de imagens de satélite e observações de campo. E de acordo com o Presidente da entidade, Eduardo Martins, a Funceme constatou três áreas bastante comprometidas quanto à preservação dos recursos naturais: a região dos Inhamuns, o município de Irauçuba (e regiões circunvizinhas) e a região do Médio Jaguaribe.
Considerando-se todo o Estado do Ceará, a Funceme calcula que cerca de 10% de sua superfície total (algo em torno de 15.130 km²) estão associados a processos de degradação susceptíveis à desertificação. Desertificação é a degradação das terras secas, acarretando na perda da produtividade biológica e econômica das terras agrícolas, das pastagens e das áreas de matas nativas resultante de vários fatores, incluindo as variações climáticas e as atividades humanas. No Ceará, dentre as causas, pesa a alta densidade demográfica da região, segundo Eduardo, uma das maiores do Nordeste.
Para combater este processo, a Funceme está mapeando com escala mais detalhada as áreas em processo de degradação ambiental. Os resultados do trabalho, segundo Eduardo, servirão de subsídio para o planejamento de atividades, visando estancar ou mesmo reverter, quando possível, os efeitos dos processos de degradação.

Fonte:www.oestado.com.br
Editoria:O Estado Verde
Data:20/10/09