Instituto Atlântico conquista CMMI Nível 5

2 de outubro de 2009 - 14:34

O Instituto Atlântico conquistou o CMMI 5 (Capability Maturity Model Integration), o nível máximo da certificação internacional de desenvolvimento de software, a mais importante do mercado. O resultado positivo da avaliação de qualidade, feita pela empresa ISD (Integrated System Diagnostics Brasil S/C Ltda), consultoria internacional com foco exclusivo em qualidade de processos, foi publicado no site do SEI <http://www.isdbrasil.com.br/fr_maturicli.htm> nesta sexta-feira, dia 2 de outubro. Esta é a sexta organização no Brasil reconhecida com o CMMI-5.

“A organização demonstra um compromisso claro para melhoria de processos”, disse Joseph Morin, da ISD, que conduziu a avaliação. O Atlântico alcançou o nível 2 em 2003 e o nível 3 em 2006. Nessas duas etapas foram investidos cerca de R$ 1 milhão, e mais R$ 2 milhões foram necessários para chegar ao topo do CMMI (Nível 5), diz o superintendente do Instituto Atlântico, José Eduardo Martins.

O que move o Atlântico no processo da obtenção do CMMI 5 é, segundo Martins, o sentimento de que a organização precisa ter qualidade de processos, condições de previsibilidade em termos de prazo, de custo e de volume de trabalho a ser feito para que consiga satisfazer o cliente. “Estamos sempre melhorando para atender as exigências do mercado cada vez mais competitivo. Com o CMMI Nível 5, temos condições de, medir a melhoria e comprovar que estamos em um outro nível de excelência em termos de controle de processos”, assinala.

O presidente do Instituto Atlântico, Cláudio Violato, vice-presidente de Tecnologia do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), considera o significado da conquista “importante para o Atlântico e toda a região Nordeste, uma vez que promove melhorias de qualidade e de processo e o melhor desempenho das organizações. “Desde a inauguração do Atlântico em novembro de 2001, foi decidido estruturar os projetos dentro dos processos, visando a certificação ISO 9001:2000, obtida em 2005 e renovada em 2008, e CMMI para garantir cada vez mais o melhor desempenho da organização e da qualidade no que faz”, informa.

Violato relata que foi muito difícil obter o CMMI5 porque é uma disciplina especial que todas equipes têm que seguir. Todavia, observa o presidente do Atlântico, a disciplina é vista como burocracia e muitos pensam que os processos CMMI trazem custos pesados para os projetos. “Eu aprendi ao longo do tempo que o custo é muito maior quando não se pratica estes processos. Porque o nível de qualidade é menor e há muito retrabalho”, observa.

Para Violato, os clientes já começam a perceber o Atlântico muito mais capaz de planejar, de organizar, de estruturar e de garantir o resultado de acordo com o planejado. “O CMMI contribui para melhorar o resultado financeiro em dois sentidos”, disse ele. “Primeiro porque temos mais condições de trazer mais projetos para fazer. E segundo porque a gente faz o projeto com mais controle: a chance de perda é muito menor. Então o resultado financeiro começa a melhorar também”, avalia.

André Pinho, o analista da ISD que acompanhou as avaliações ao longo da preparação para o CMMI5 e tem trabalhado com o Atlântico desde o Nível 2, testemunha que o trabalho da organização é muito consistente. “A equipe chega com bastante mérito nesse resultado do Nível 5. A implementação é difícil porque os níveis 4 e 5 exigem um conhecimento técnico e estatístico, um nível aperfeiçoado de trabalho”, explica.

Conforme André Pinho , o CMMI5 se traduz em ganhos para a empresa. “Quando a empresa começa a medir, controlar e a usar ferramentas estatísticas, é possível melhorar o desempenho, que se traduz em resultados – inclusive financeiros”. Como resultados o analista da ISD destaca a redução de retrabalho, redução de problemas, melhoria da produtividade.

“De modo visível, a empresa passa a ter não apenas a percepção, mas a medição do resultado”, pontua Pinho. O CMMI é uma avaliação de qualidade, onde é aferido um patamar de maturidade. Com o certificado, termo adotado pelo mercado, segundo ele, a empresa tem ferramentas para melhorar o seu próprio desempenho cada vez mais, vai definindo objetivos a serem atingidos e esses objetivos passam a ser perseguidos e aferidos ao longo do tempo.

Ao longo desse processo para chegar ao CMMI, André Pinho disse que chamou a sua atenção no Atlântico a motivação da equipe, o comprometimento e o trabalho de liderança que foi feito em relação ao projeto. “É notável que a equipe e a empresa estão engajadas nesse trabalho, o que traz resultados muito mais consistentes”, finalizou.

Gabriela Teles, que coordenou a equipe do Atlântico nos dois anos de preparação para chegar ao CMMI5, diz que no Nível 3 foram definidos e estabelecidos os processos.  Agora – acrescenta – com o nível 5  os processos serão continuamente melhorados. “É o grande diferencial: a organização vai sempre executar os seus processos de forma melhor, mais otimizada, mais eficiente e eficaz. O controle estatístico é um pré-requisito para fazer essa melhoria dos processos. A partir desse controle se sabe qual o desempenho e se executam as ações para melhorar – tudo baseado em controle estatístico”, destaca Gabriela Teles.