Pesquisador desenvolve adubo a partir de restos de caranguejo

18 de setembro de 2009 - 11:33

A cada mês, na Praia do Futuro, um dos principais pólos turísticos e gastronômicos de Fortaleza, são consumidos aproximadamente 160 mil caranguejos. Todo esse material gera uma grande quantidade de lixo orgânico que, atualmente, vai para o aterro sanitário da cidade mas poderia ser reaproveitado. Pensando nisso, o biólogo Francisco Araújo, que faz doutorado no Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Universidade Federal do Ceará (UFC) e desde 2003 realiza estudos na área de gestão de resíduos, desenvolveu um adubo feito à base do crustáceo.

Segundo o pesquisador, após análises das características físicas e químicas do material, foi possível constatar que ele é rico em nutrientes úteis para o solo como nitrogênio, fósforo e magnésio. “Ele também tem uma quantidade de cálcio 20 vezes superior à encontrada no esterco bovino”, afirma.

O adubo de caranguejo já foi testado na cultura de feijão caupi e os resultados foram animadores, de acordo com Francisco Araujo. Atualmente, ele está avaliando o potencial do produto como corretor de PH em solos com acidez elevada. “Há um grande potencial nessa área, porque o solo cearense é normalmente ácido”, revela o pesquisador. A próxima meta é avaliar o material em plantações de melão, outra importante cultura do estado.

Fonte: Agência Funcap Por Sílvio Mauro