Cientistas cearenses estudam novo método de identificação usando DNA

18 de setembro de 2009 - 11:31

Pesquisadores do Núcleo de Genômica e Bioinformática (Nugen), laboratório vinculado à Universidade Estadual do Ceará (Uece), estão desenvolvendo uma técnica que pode baratear e tornar mais ágeis os processos de identificação através do seqüenciamento de DNA. A nova metodologia, chamada de impressão genômica comparativa de DNA, ou igcDNA, tem como objetivo gerar um teste laboratorial rápido e seguro para uso pelos órgãos de segurança pública do estado para verificar a ligação (envolvimento físico) de indivíduos com o local de um crime ou com uma cena de investigação.

O projeto tem o apoio financeiro da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), através de um edital lançado no ano passado para pesquisas na área de segurança pública, e do CNPq, que fornece uma bolsa de doutorado. A expectativa é que, pelo seu ineditismo, o novo método gere uma patente para o Ceará.

Segundo Diana Magalhães, pesquisadora responsável pelo estudo, atualmente a técnica mais usada para identificação é a STR (Short Tandem Repeats), que usa 15 regiões do genoma e se baseia em polimorfismos, que são características genéricas como tipo sanguíneo e grupo étnico. Esse método é dispendioso, porque exige, em média, 15 reações. Um kit com capacidade para 100 reações, para se ter uma idéia, custa 10 e 12 mil reais. “Uma investigação pode precisar de até 20 reações”, esclarece Diana.

Fonte: Agência Funcap Por Sílvio Mauro