Educação profissional

4 de agosto de 2009 - 10:23

O Ceará caminha na modernização do seu parque industrial, atraindo grandes projetos estruturantes, como a refinaria e+ a usina siderúrgica. Estes primeiros empreendimentos integrarão o Complexo Industrial Portuário do Pecém, localizado no município de São Gonçalo do Amarante, a 59Km da Capital. A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) funcionará no segundo semestre de 2010 e terá capacidade de produzir 6 milhões de placas de aço por ano, destinadas à exportação. A Refinaria entrará em funcionamento em 2013 e produzirá combustíveis de alta qualidade para exportação, com capacidade de, aproximadamente, 300 mil barris por dia.

A iminência desses empreendimentos tem ensejado preocupações acerca da qualificação de trabalhadores. Diante disto, o Governador do Estado, Cid Gomes, envolvendo as Secretarias de Ciência e Tecnologia do Ceará (Secitece) e de Educação Básica (Seduc) convidou, em 2008, diversas instituições de educação profissional, para elaborar o Plano Integrado de Educação Profissional e Tecnológica. O mencionado Plano permitiu conhecer, em grande parte, a oferta de educação profissional e tecnológica no Ceará, identificando demandas de qualificação.

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifce) na época, Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará (Cefetce) coordenou a câmara de educação profissional e tecnológica e, na ocasião, criou a expectativa de que duplicará suas matrículas, com previsão de atingir o total de 12.000 alunos até o ano de 2010. A atual capacidade do Instituto demonstra que esse número de matrículas será ampliado para 21 mil até 2011, incluindo a oferta na formação inicial e continuada de trabalhadores, com destaque na formação de técnicos de nível médio, graduados e pós-graduados, nas modalidades presencial e a distância.

O Ifce está em sintonia com a política de desenvolvimento econômico implementada pelo Governo Estadual e entende que esses aportes elevarão o processo de desenvolvimento industrial do Ceará, atraindo novas empresas, sobretudo nos setores petroquímico e metalmecânico. Em vista disso, recentemente o Instituto tomou a decisão de criar o curso técnico de petróleo e gás, evidenciando o apoio ao desenvolvimento industrial do Estado, atendendo às demandas de formação requeridas pelo parque industrial do Pecém e outros projetos que contribuam para a elevação do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.

Estamos certos de que a efetivação desses projetos de grande porte, associados a uma política integrada, de elevação da escolaridade e formação profissional, implementará mudanças no cenário econômico e social cearense, contribuindo para uma nova realidade econômico-social do Estado do Ceará. Não há meio de melhorar as condições de nosso povo se não se elevar a sua capacitação tecnológica. Neste aspecto, o papel de instituições formadoras, capazes de prover formação de boa qualidade, entre as quais se insere o Ifce, é fundamental para a população cearense.

CLÁUDIO RICARDO GOMES DE LIMA
Reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará

Fonte: O Povo
Editoria: Opinião
Data: 04/08/09