Governo cearense já oferece apoio a 49 atividades

29 de julho de 2009 - 10:04

Com a criação da Coordenadoria de Desenvolvimento e Integração Regional (Codir), desde 2007, a Secretaria das Cidades, vem trabalhando na estruturação do Núcleo Estadual de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais do Ceará (NEAAPL-CE), que passou a compor, junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Produtivos Locais (GTP APL). Segundo Francisco Lopes, coordenador do Codir, atualmente, o governo do Ceará apóia 11 projetos prioritários de APLs em parceria com o Governo Federal, por meio do MDIC; outras cinco atividades que já vinham sendo fomentadas desde a gestão anterior do governo do Estado; e ainda 33 projetos (25 em execução e oito em fase de implantação) financiados com recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop) e do BNDES, totalizando 49 arranjos produtivos.

“No que tange aos APLs, o Estado trabalha com duas frentes. Uma delas, que é apoiada pelo MDIC, está focada nos sistemas produtivos maiores e já estruturados. A outra, que é uma iniciativa do governo estadual, incentiva, com recursos do Fecop, e agora com o apoio do BNDES, o desenvolvimento de arranjos produtivos formados por micro e pequenos empreendedores de baixa renda que já operavam mas que precisavam se fortalecer”, diz.

De acordo com ele, só as demandas dos 33 APLs apoiados pelo Fecop, em parceria com o BNDES, cujos projetos foram selecionados no ano passado, via licitação, consumiram em torno de R$ 5,5 milhões, com demandas individuais de até R$ 200 mil. “Neste ano, o governo do Estado pretende lançar um novo edital, para o qual o governador já autorizou o desembolso de R$ 4 milhões e para o qual também está sendo pleiteado mais R$ 4 milhões com o BNDES, para financiar projetos de até R$ 400 mil”, relata o coordenador do Codir.

Em conjunto, Lopes detalha que esses projetos são responsáveis pela geração de quase cinco mil empregos diretos nas comunidades em que atuam e nas mais diversas atividades, como artesanato, psicultura, apicultura, fabricação de redes, produtos orgânicos, produção e beneficiamento do leite. “Esse apoio tem viabilizado a aquisição de máquinas e equipamentos, capacitação, dotação de infra-estrutura, agregando mais valor e promovendo a geração de emprego e renda”, fala.

De acordo com ele, o primeiro edital teve como foco o fomento de atividades com pelo menos dois anos de atuação e basicamente do setor agropecuário. O novo processo licitatório, por sua vez, terá como ênfase a promoção de atividades de maior valor agregado como a industrialização, a exemplo do beneficiamento de produtos. “Neste segundo edital, esperamos apoiar entre 20 e 25 novos projetos para a consolidação de APLs em todo o Ceará. A idéia é democratizar os recursos disponíveis no Estado”, reforça.

Nesse sentido, afirma Lopes, “o governo tem papel indutor e fortalecedor das cadeias produtivas, por meio da articulação das secretarias e de parceiros como o Sebrae, o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste, visando ainda a capacitação dos produtores locais”. (ADJ)

Fonte: Diário do Nordeste
Editoria: Negócios
Data: 26/07/09