Um novo tipo de viajante: o migrante ambiental

17 de julho de 2009 - 11:30

A pista de Lokichoggio, localizada em uma região árida do Quênia, já foi classificada pelas agências de combate à fome como uma das mais necessitadas do mundo. Durante a guerra civil no Sudão, os vôos que saíram de lá mantiveram milhões de pessoas vivas. Os entrepostos estão mais tranqüilos, atualmente, mas as ONGs mantêm uma base de apoio, para o caso de a guerra recomeçar – e para lidar com o que os religiosos chamam de “emergência permanente” causada pela migração “ambientalmente induzida”. Tome-se como exemplo a comunidade de Turkana. A população tem crescido nas últimas décadas e deve dobrar de tamanho antes de 2040. Mas, como a região está ficando cada vez mais quente e árida, a água, o pasto e a lenha estão diminuindo. O ciclo de secas periódicas no norte do Quênia tem sido mais freqüente: antes aconteciam a cada oito anos, mas agora, de três em três anos há uma seca. E esse ciclo pode encurtar ainda mais, o que significa que as perdas são irreversíveis para Turkana e sua pecuária, pois a aridez da região cresce em ritmo frenético. Da The Economist.