Centec vai continuar programa sem Abrinq e HP

30 de janeiro de 2009 - 17:15

No ano passado, 720 jovens no Estado participaram dos cursos de 300 horas

A Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente e a HP-Brasil encerraram este ano o convênio com o Instituto Centec do programa Garagem Digital, que será mantido com recursos próprios e de prefeituras em nove municípios do Ceará. No ano passado, 720 jovens no Estado participaram dos cursos de 300 horas, que ensinam a fazer sites e trabalham também a cidadania e empreendedorismo.

Iniciada em São Paulo em 2004 com uma só Garagem, a iniciativa foi ampliada no Ceará com nove unidades. A experiência foi publicada em livro sobre inclusão digital que será lançado nesta quarta-feira (28) em São Paulo, quando serão homenageados pela Abrinq e HP-Brasil o presidente do Instituto Centec, Samuel Brasileiro, e a diretora de Extensão Tecnológica do Instituto Centec, Geórgia Aguiar.

As Garagens Digitais funcionam em Beberibe, Aracati, São Gonçalo do Amarante, Itaiçaba, Aracoiaba, Eusébio, Barbalha, Limoeiro do Norte e Quixeramobim. A metodologia utilizada visa promover a inclusão digital de jovens e o desenvolvimento de suas comunidades por meio das tecnologias da informação e da comunicação.

Samuel Brasileiro disse que há interesse em discutir em São Paulo outros projetos de parceria com a HP Brasil e Abrinq. Segundo ele, o modelo pedagógico da Garagem Digital vai além dos meros cursos básicos de informática do pacote Office da Microsoft. A metodologia foi adaptada pelo Centec ao programa Centros Digitais do Ceará (CDC) da Secretaria da Ciência e Tecnologia, apoiado pelo Fundo de Combate à Pobreza (Fecop), implementado pelo Centec.

Em 2008, os CDCs deram cursos de 160 horas para 1.120 jovens e adultos em Poranga, Santana do Cariri, Amontada, Barreira, Pires Ferreira, Caririaçu e Massapê. Para a continuar a atividade das Garagens Digitais, Samuel Brasileiro disse que conta com a parceria das prefeituras – algumas já apóiam o programa. “Projetos que têm resultados efetivos não se acabam. A tecnologia da informação pode ser um instrumento para envolver os jovens e fazer da inclusão digital um meio para a inclusão social”, afirmou.