Parcerias garantem R$ 2 milhões para a cajucultura no Estado

20 de abril de 2010 - 10:11

Projeto Intercaju terá recursos do governo estadual, Finep, CNPQ e Sebrae

Produtores de caju dos Vales do Curu e Aracatiaçu e do Território do Maciço de Baturité receberão apoio para a implantação de ferramentas tecnológicas na produção e comercialização do caju. O apoio virá graças ao projeto Intercaju, concebido pelo Governo Estadual, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), que teve recursos aprovados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da ordem de R$ 1 milhão.

Em conjunto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e Sebrae, a iniciativa vai injetar R$ 2 milhões para o desenvolvimento da cajucultura na região em 2010 e 2011. Para começar, seis municípios serão contemplados com o projeto: Amontada, Tururu, Traiti, Itarema, Itapipoca e Barreira. “Dentre as medidas que serão implantadas estão o estímulo à organização dos produtores e a inserção, dentro da cadeira produtiva, de tecnologias que garantam aumento na produtividade, o que trará também melhoria das condições de trabalho”, explica José Ismar Parente, consultor da Secitece e responsável pela elaboração do projeto.

Os moradores dos Vales do do Curu e Aracatiaçu e do Maciço de Baturité têm a cajucultura como uma das principais atividades econômicas, sejam reunidos em micro e pequenas empresas ou através da agricultura familiar.  O baixo nível tecnológico, as dificuldades com operações logísticas e a falta de integração entre os elos da cadeia produtiva ainda impedem que a região alcance a qualidade dos produtos exigida no mercado nacional e internacional. Além disso, não há diversificação do que é oferecido, sendo na maioria das vezes somente a castanha comercializada e o pedúnculo totalmente desperdiçado.

A compra de equipamentos e a melhoria das instalações nas micro e pequenas empresas são algumas das ações do projeto Intercaju que, de acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia René Barreira, “foi concebido dentro da visão do Estado como mais uma alavanca para o desenvolvimento regional”. Os agricultores também receberão incentivo através do estímulo a agroecologia, que contempla a diminuição do uso de agrotóxicos, o comércio solidário e justo e o respeito ao meio-ambiente.

O uso da tecnologia para fins sociais e de empregabilidade prevê a expansão do número de produtores, a inclusão social e o aumento da renda na região. O projeto tem ainda a parceria da Embrapa e do Instituto Centec. “É necessária a integração de diversas instituições de apoio ao agronegócio, dos centros de ensino e pesquisa, das prefeituras locais e da comunidade rural como um todo, para o desenvolvimento da cadeia produtiva da cajucultura na região”, complementa René Barreira.