Ceará ganhará centro de pesquisa em Inteligência Artificial voltado à saúde

6 de maio de 2021 - 12:04


Estado foi um dos escolhidos pela chamada Fapesp/MCTI/CGI.br, que aprovou, ao todo, seis propostas no Brasil

O Ceará é o estado escolhido para abrigar um novo centro de pesquisa aplicada em Inteligência Artificial na área da saúde. O anúncio foi feito pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, na última terça-feira (4/5), durante apresentação do resultado da chamada do consórcio formado pelo MCTI, pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e que aprovou, ao todo, seis propostas no Brasil.

A proposta cearense aprovada foi a do professor José Soares Andrade Júnior, da Universidade Federal do Ceará (UFC), voltada à Saúde 4.0. Além desta, outra proposta escolhida beneficia o Estado: a do professor André Carvalho, da Universidade de São Paulo (USP), sobre Cidades Inteligentes 4.0, e que envolve diretamente a Universidade Federal do Cariri (UFCA) e a Universidade Estadual do Ceará (Uece).

O secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado, Inácio Arruda, comemorou o anúncio da chegada do novo centro voltado à saúde e o fato de o Ceará ter sido “duplamente beneficiado” pela chamada. “A Secitece e a Funcap participaram ativamente desta que é uma conquista para nosso ensino superior e para o nosso Estado, sobretudo em tempos de pandemia e de negação da Ciência; mas é essa mesma Ciência que está permitindo o desenvolvimento de vacinas e de equipamentos imprescindíveis para salvar vidas”, disse.

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A proposta cearense escolhida é intitulada Centro de Referência em Inteligência Artificial (CEREIA), que deverá desenvolver, entre outras ações, projetos na área da saúde envolvendo internet das coisas, big data e transformação digital, voltadas para diagnóstico, prevenção e terapêutica de baixo custo.

A UFC tem como parceiros na iniciativa a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a Universidade de Fortaleza (Unifor). Como parceiro privado, a Universidade terá a rede de saúde Hapvida, que também entrará com uma contrapartida do investimento feito pelos agentes públicos. Além disso, há ainda o suporte da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap). O CEREIA funcionará dentro do Centro de Referência em Inteligência Artificial (CRIA), já criado pela UFC.

O edital prevê que o consórcio Fapesp/MCTI/CGI.br garantirá recursos da ordem de R$ 1 milhão por ano ao CEREIA ao longo de cinco anos, ao passo que a rede Hapvida fornecerá o mesmo valor e terá acesso aos produtos desenvolvidos. Ao final desse período, o financiamento poderá ser renovado por mais cinco anos. Como se trata de um projeto de grande porte, a expectativa é de que ele envolva pelo menos 50 pesquisadores de diferentes programas de pós-graduação.

Além das duas propostas que beneficiam o Ceará, os outros projetos escolhidos pelo consórcio foram: a proposta liderada por Virgílio Almeida, da Federal de Minas Gerais; a de João Romano, da Unicamp; a de Antônio José da Silva Neto, do Senai Cimatec, na Bahia; e a de Jeferson de Oliveira Gomes, do Instituto Paulista, o IPT.

Com informações das Assessorias de Comunicação do MCTI e da UFC