Novas ações prometem aquecer o mercado de TI do Ceará

24 de maio de 2010 - 11:46

Censo qualitativo com empresas cearenses de tecnologia da informação e comunicação vai consolidar propostas de políticas públicas para o desenvolvimento do setor no Estado

O Ceará abocanha só 2% do mercado nacional de tecnologia da informação (TI) e comunicação; e o Nordeste, não muito além disso, 7%. Mas iniciativas de entidades da área junto ao Governo do Estado pretendem mudar esse quadro. São novas linhas de crédito facilitado, centro de TI de referência nacional com sede em Fortaleza e lei para a construção de um polo de TI na cidade. Para completar, um censo qualitativo com empresas cearenses de software vai definir que outras políticas serão necessárias ao desenvolvimento do setor no Estado.

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Informática, Telecomunicações e Automação Comercial (Seitac), Maurício Brito, o mercado brasileiro de software como um todo tem muito espaço para crescer dentro dos US$ 870 bilhões que movimenta por ano o comércio mundial de TI. A participação brasileira é quase nula: 0,2%. “Existe competência. Falta eliminar os entraves“, afirma.

O presidente da Seitac diz ainda que no caso do Ceará, especialmente, falta mão de obra qualificada (só ano passado formou-se o primeiro doutor em TI na Universidade Federal do Ceará), um polo de tecnologia e ações junto às universidades e institutos de tecnologia, além de políticas de incentivo fiscal para atrair empresas âncoras, que produzem tecnologia de ponta, para o intercâmbio de conhecimento. São essas as necessidades que o censo pretende provar. A consulta será feita pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Tecnologia da Informação e Comunicação do Ceará (CSTIC), órgão da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece).

Mas antes do censo, já existem projetos encaminhados. Um exemplo é a implantação do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer em Fortaleza, o CTI Nordeste. Unidade do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) inaugurado em 1982, o CTI tem sede em Campinas e é referência nacional em pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação.

O CTI Nordeste vai desenvolver projetos em três áreas principais: microeletrônica, sofwares e aplicações em TI. Mas o destaque é a construção de um barco robótico para auxiliar a pesca de lagosta no Estado. As informações são do diretor superintendente do Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação (ITIC), Carlos Arthur Sobreira.

 

Fonte:
Jornal O POVO
Editoria: Negócios
Data: 24/05/10