Experiências regionais do Brasil ganham destaque em debate internacional sobre clima

16 de setembro de 2025 - 14:01


De acordo com o presidente da COP, o embaixador André Corrêa do Lago, a troca de soluções específicas entre regiões brasileiras e outros países é essencial para a implementação de políticas climáticas

Durante participação na ICID2025 nesta segunda-feira (15), em Fortaleza (CE), o presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, destacou a importância de reconhecer a diversidade regional do Brasil para o avanço das políticas climáticas. “Primeiro, ajuda o mundo a perceber que existem vários ‘Brasis’. Muitas vezes, as pessoas imaginam que todos nós estamos na floresta amazônica, mas a realidade é muito mais diversa”, afirmou.

Ele ressaltou, ainda, que experiências desenvolvidas no semiárido brasileiro têm grande interesse internacional, especialmente para regiões que enfrentam desafios semelhantes. “Na implementação das políticas que negociamos, precisamos agir de acordo com as condições de cada região. Não se pode aplicar soluções universais; é preciso adaptar-se à realidade local”, analisou Lago.

O embaixador concluiu enfatizando a importância de compartilhar soluções. “Acredito que já estamos avançando para a próxima dimensão: encontrar soluções, divulgá-las e discuti-las, focando em iniciativas específicas que sejam de interesse para várias partes do mundo”, disse.

Além disso, André Corrêa do Lago lembrou a expectativa em torno da próxima Conferência das Partes da Convenção de Combate à Desertificação (COP). “Já colocamos a proposta e só falta estarmos na Mongólia, onde será realizada a COP17 no próximo ano, e, a partir de lá, sairmos com a decisão de realizar essa COP no Brasil, que é a COP de semiáridos, que cuida de desertos, que cuida das terras secas e que cuida de todos nós que moramos nessas regiões do mundo”, defendeu.

ICID2025

A ICID 2025 é uma promoção do Governo do Ceará, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A realização está a cargo da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece), da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Ceará (Sema) e da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

A coordenação executiva é do CGEE, e o evento conta com apoio de instituições como a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), Agência Nacional de Águas (ANA), Empresa Brasileiro de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Embaixada da França no Brasil e Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden); além de patrocínio da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fiec) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).