FdC: Neurociência e Tecnologias Assistivas são destaque em palestra

24 de novembro de 2018 - 11:47

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O professor Alexandre Marques abordou as novidades no campo das tecnologias que lidam com o cérebro

Discutir os avanços na neurotecnologia e o monitoramento do cérebro como forma de prevenir e reabilitar doenças foi o tema da palestra de Alexandre Marques, doutor em Engenharia de Teleinformática e professor da University of Saint Joseph, em Macau, na China, que ocorreu na noite desta sexta-feira (23), na Feira do Conhecimento.

Diante do público, Alexandre contou sobre a sua trajetória no campo da neurociência, do início dos estudos na Universidade Federal do Ceará, até chegar a lecionar na China e realizar trabalhos em parceria com universidades da Inglaterra e de outros países. O professor destacou a importância de se pesquisar tecnologias que interajam com o cérebro e usar a leitura dessas informações no tratamento de pessoas com deficiência cognitiva, demência, e na criação de tenologias assistivas para pessoas com dificuldades de locomoção.

Alexandre apresentou os principais métodos usados para monitoramento cerebral e visualização dos sinais neurais, como o Eletroencefalograma, a Ressonância Magnética, e o Spect Scan, uma técnica de tomografia que utiliza radiação de raios gama para criar imagens em 3D dos cérebros investigados. Usando essas imagens, é possível entender visualmente a diferença de cérebros saudáveis com os cérebros de pessoas vítimas de AVC, do Alzheimer, ou que utilizam drogas. Da mesma forma, é possível avaliar melhorias nos cérebros de pessoas que realizam treinamento para reabilitação cerebral. Essas avaliações são possíveis justamente pelas imagens em 3D, que revelam anomalias como buracos e deformações.

O professor finalizou a palestra falando sobre o lado empreendedor da neurociência, o neuromarketing. Segundo Alexandre, “hoje em dia existem diversos aplicativos para celulares e tablets que realizam treinamento da mente. Jogos, quebra-cabeças, desafios, que são utilizados na prevenção e reabilitação de doenças. O uso dessa tecnologia em equipamentos para reeducação motora também são cada vez mais presentes em centros de fisioterapia. E até mesmo no setor de compras a neurociência está presente, através de lojas que mostram suas promoções em telas com sensores. Com esse conjunto de sensores, é possível realizar um ‘eye tracking’ para descobrir para onde as pessoas estão olhando, monitorar batimentos cardíacos, e até medir o interesse das pessoas diante de anúncios”.

A participação de Alexandre Marques na Feira do Conhecimento fez parte de uma ampla programação sobre tecnologias assistivas e neurociência em geral, que acontece durante todo o evento. Stands e palestras mostram aos visitantes soluções tecnológicas no âmbito da inclusão social e apresentaram novidades, como as Aranhas Robôs, insetos mecânicos controlados pelo poder da mente. Utilizando um sensor cerebral bem simples, a pessoa pode fazer a aranha se mover apenas se concentrando. Quanto maior a concentração, mais rápido a aranha se move.